sábado, 16 de janeiro de 2016

Cúpula da Rede se reúne em Brasília e reafirma apoio à cassação de Dilma e Temer

Marina Silva, ex-presidenciável, é afiliada à Rede. Foto: Ananda Borges/Câmara dos Deputados
Marina Silva, ex-presidenciável, é afiliada à Rede. Foto: Ananda Borges/Câmara dos Deputados
A cúpula da Rede Sustentabilidade, partido da ex-senadora e ex-presidenciável Marina Silva, está reunida neste fim de semana em Brasília, discutindo a conjuntura política e econômica do País. A sigla reafirmou a posição contrária ao impeachment da presidente Dilma Rousseff e de apoio à ação de cassação do mandato da presidente e do vice Michel Temer, via Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Estamos dando toda a força às investigações, mas a melhor forma de dar encaminhamento é o processo no TSE. Dilma e Temer são faces da mesma moeda”, disse Marina ao Broadcast Político.
Apesar de não declarar apoio ao impeachment, Marina tem mantido um tom bastante crítico em relação à Dilma. No início do mês, ela declarou que a presidente não tinha mais a liderança política para liderar o País nem maioria no Congresso.
A ex-ministra não esconde a mágoa dos ataques que sofreu de Dilma na eleição de 2014. Naquele ano, ela apoiou o então candidato do PSDB, Aécio Neves, no segundo turno. Nas eleições presidenciais de 2018, Marina diz que ainda não sabe se será candidata, mas tem sido uma das favoritas nas pesquisas eleitorais.
O foco da reunião da Rede hoje – que contou com as presenças do líder da bancada na Câmara, deputado Alessandro Molon (RJ), e do senador Randolfe Rodrigues (AP) – foi a condução da política econômica do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e as medidas de ajuste fiscal que foram patrocinadas pelo governo petista. O partido de Marina reiterou que não apoiará o retorno da CPMF. “Não se pode reduzir a carga tributária e não há condição de aumentar a carga”, declarou Randolfe.
Os dirigentes da Rede avaliam que os primeiros movimentos da atual equipe econômica demonstram contradição no discurso do governo. Os “marineiros” criticam a posição de Barbosa, que “ora acena com o ajuste fiscal para o mercado, ora para a base social”. “Está havendo pouca clareza, sinais contraditórios do novo ministro em relação à política econômica”, criticou Bazileu Margarido, porta-voz do partido. “O governo está bipolar em relação à política econômica”, concordou Randolfe.
Os dirigentes do partido voltam a se reunir neste domingo, dia 17, e, após o encontro, deverão conversar com a imprensa sobre o que foi debatido ao longo do fim de semana.

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