quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

ONU quer livre acesso humanitário em regiões sitiadas na Síria

O Ocha afirmou que 4,5 milhões de pessoas vivem em áreas de difícil acesso na Síria. Foto: Acnur/ B. Diab
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A ONU pediu esta quinta-feira a todos os lados envolvidos na guerra na Síria que permitam o acesso humanitário a 400 mil pessoas que vivem em regiões sitiadas ou de difícil alcance.
O pedido foi feito pelos coordenadores residente e regional do Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, no país, Yacoub El Hillo e Kevin Kennedy.
Fome
Essas pessoas estão em áreas como Deir Ez-Zor, Daraya, Foah e Kafraya. O Ocha informou que no ano passado apenas 10% dos pedidos para a entrega de ajuda humanitária nessas regiões foram aprovados.
Segundo a agência da ONU, muitos estão morrendo de fome nessas áreas ou são assassinados quando tentam fugir. Nesta última terça-feira, um homem morreu de fome na região e sua família de cinco pessoas sofre de desnutrição severa.
Resposta Humanitária
O Ocha afirmou que 4,5 milhões de pessoas vivem em áreas de difícil acesso na Síria e os conflitos no país continuam impedindo a resposta humanitária. A liberdade de movimento é restrita por causa de soldados e grupos armados e também pelas minas terrestres colocadas na região.
A cidade de Mandaya, por exemplo, onde 42 mil pessoas estão isoladas, recebeu um comboio de ajuda humanitária pela última vez em outubro do ano passado. Alguns civis foram retirados da área em dezembro por razões médicas.
A ONU agradeceu ao governo sírio por permitir o acesso a três regiões sitiadas e está preparando a entrega de ajuda humanitária que deve ser feita nos próximos dias.

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